Manaus – Nesta sexta-feira (26), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) denunciou que a ONG Observatório do Clima – que entrou na justiça contra o avanço da BR-319 – recebe recursos bilionários de grandes fundos internacionais e de outras organizações maiores que atuam contra o desenvolvimento do Brasil, principalmente da região Norte do país. Entre os principais doadores do Observatório do Clima estão o Instituto Clima e Sociedade (ICS), a WWF Brasil e a Open Society Foundation, fundada pelo bilionário George Soros. Nesta quinta-feira (25), a juíza Maria Elisa Andrade, da 7ª Vara Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas (SJAM) ,aceitou a ação civil pública movida pelo Observatório do Clima, e derrubou a licença prévia para a reconstrução e asfaltamento do trecho central da BR-319.
“A atuação do Observatório do Clima, financiada por grandes fundos internacionais, é uma ameaça direta à nossa soberania e ao desenvolvimento da região Norte do Brasil. Esses recursos bilionários sustentam uma agenda que finge apoiar causas climáticas, mas que, na verdade, se opõe aos interesses dos homens e mulheres da Amazônia e atua contra os interesses do país. A BR-319 representa o resgate da nossa dignidade. Não há igualdade nem justiça enquanto os amazonenses estiverem isolados, reféns da falta de uma estrada”, afirmou o senador Plínio Valério.
Entre os anos de 2018 e 2023, o ICS – organização da qual a secretária de Mudança do Clima da ministra Marina Silva, Ana Toni, já fez parte – recebeu US$ 67 milhões de fundos estrangeiros que beneficiaram dezenas de ONGs que promovem a pauta climática, entre elas o Observatório do Clima.
O próprio site do ICS revela que a função da ONG é apoiar projetos e instituições que enfrentam a crise climática e buscam soluções sustentáveis. O que, segundo o senador Plínio, é uma maquiagem para dizer que atuam em favor do clima, mas, na verdade, são contra os interesses e o desenvolvimento nacionais. “Atacam nossa soberania, é só ver a lista de doadores”, afirmou.
Ana Toni esteve na CPI das ONGs como depoente. Ela revelou que o ICS recebeu de 2015 a 2022, R$ 358 milhões. São recursos que sustentaram ONGs menores, nessa engrenagem que financia uma ampla rede de organizações que produzem pesquisas, relatórios e ações contra o desenvolvimento do país e contra a BR-319.
Outra fundação estrangeira que financia estudos, pesquisas e ONGs contrárias à BR-319 é a Gordon & Betty Moore Foundation, que destinou US$ 11 milhões para essas investidas contra a rodovia. Esses recursos também beneficiaram o Observatório da BR-319 no valor de US$ 2 milhões.
O site do Observatório do Clima é recheado de publicações contrárias à BR-319. Após a suspensão da licença prévia, foram publicadas uma série de declarações comemorando a decisão. Uma delas é de Nauê Bernardo, integrante do Observatório e um dos autores da ação civil pública. “Não há governança na região capaz de controlar o desmatamento gerado pelo asfaltamento do trecho do meio da BR 319”, disse ele. Outro alarmismo exagerado é de que o asfaltamento da BR-319 vai “empurrar o clima global a ponto de não retorno”, disse o Philip Fearnside, pesquisador do Inpa, conhecido por declarações contrárias à BR-319.
“O isolamento impede o crescimento econômico e social da região e nos mantém à margem do desenvolvimento nacional. É inaceitável que, em nome de uma agenda externa, se negue à população do Amazonas o direito de viver com dignidade. Precisamos da BR-319, precisamos ir e vir, precisamos escoar nossos produtos, precisamos nos conectar com o Brasil. É nosso direito”, afirmou o senador Plínio Valério.