O dinheiro está presente em todas as nossas relações e afeta a saúde mental, já o cartão de crédito se tornou uma ferramenta da contemporaneidade, transformando a maneira como realizamos pagamentos e substituindo o dinheiro físico pelo dinheiro de plástico, digital, muitas vezes quase invisível. Sua importância no comércio moderno é inegável, facilitando compras tanto em estabelecimentos físicos quanto online. Paula Sauer, professora de Economia e coordenadora do Laboratório de Inteligência Financeira da ESPM, ressalta que sem dúvida nenhuma o principal atrativo o cartão de crédito é que ele possibilita antecipação do consumo. “No entanto, muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades e dúvidas sobre seu funcionamento. As taxas, limites de crédito e a gestão responsável do uso que podem gerar preocupações e confusões frequentes entre os consumidores”.
Por outro lado, os benefícios são vastos: praticidade nas transações, possibilidade de parcelamento, programas de fidelidade e recompensas. Entender melhor o funcionamento dos cartões de crédito pode ajudar a maximizar suas vantagens e evitar armadilhas financeiras. A especialista compara o dinheiro de plástico como um bolinho de notas no bolso que está disponível dia e noite, na maior comodidade, com limite de consumo e não sendo preciso dar satisfação para ninguém.
“Podemos usar o “dinheiro” da forma que quisermos, isso sob a ótima da Psicologia”. “Você tem um prazer de comer a pizza e não tem desprazer de ver o seu dinheiro (em papel moeda) indo embora. Isso é proposital, pois cada vez mais faz parte do projeto de “uberização da economia”, você não sente o dinheiro saindo de sua conta ou bolso”, explica Sauer.
A especialista destaca que muitas famílias utilizam o cartão de crédito como complemento de renda, já outras consomem por impulso. “É preciso que cada membro enxergue a importância do consumo consciente e o planejamento financeiro familiar. Sem uma visão realista, o futuro pode ser o endividamento a partir do uso do rotativo e da não quitação até mesmo das parcelas. A somatória será a elevação da dívida e acréscimo de juros no infinito”, conclui Sauer.