Sophia Cardi Aguiar, filha de Maira Cardi e Arthur Aguiar, causou uma polêmica após vídeo postado pelo chef de cozinha Cleitom Martins mostrar a criança, de apenas 5 anos, criticando o aparelho celular do cozinheiro e declarar: “Celular de pobre”.
A polêmica, que viralizou na internet, levanta um alerta não só para os pais de Sophia, mas para toda uma nação de pais que está na missão de educar e se reeducar. Segundo Telma Abrahão, especialista em neurociência e desenvolvimento infantil, ao invés de procurar culpados em momentos como esse, o mais importante é ensinar valores positivos e corrigir comportamentos de forma construtiva. “A situação envolvendo a Sophia, uma criança de apenas 5 anos, destaca a importância da educação neuroconsciente para o desenvolvimento infantil. Crianças são influenciadas pelo ambiente e pelas pessoas ao seu redor, além disso possuem um cérebro imaturo e são impulsivas, nao possuem ‘filtro’ para falar como os adultos”, enfatiza.
Na perspectiva da educação neuroconsciente o caso em questão reflete o contexto emocional e social, já que as crianças refletem as interações sociais que experienciam. “É fundamental entender que a fala de Sophia pode ser uma reprodução de diálogos que ela presenciou, pois a criança está em formação e é muito influenciada pelo meio onde vive. Identificar e corrigir esses comportamentos com empatia e sem agressividade é essencial”, alerta Telma.
É preciso ensinar valores, usar momentos falhos como esse para reforçar respeito e empatia, explicando para a criança o impacto de suas palavras e a importância de respeitar a todos de forma igualitária, independentemente de suas posses materiais. “Não pode deixar passar, esperar outro momento. É nessa hora que é preciso incentivar a reflexão sobre comportamentos e falas, ajudando a criança a entender o impacto de suas palavras com os outros”, reforça a especialista.
O conflito entre Maira Cardi e Arthur Aguiar também destaca a importância de uma comunicação coesa entre os pais, independentemente de serem pessoas públicas ou não, os pais têm como função focar no bem-estar da criança e buscar soluções conjuntas para educar de maneira respeitosa e consciente. “Essas divergências de opiniões e acusações entre pais podem causar confusão emocional para a criança e ainda deixá-la exposta ao bullying”, complementa.
Essas práticas não apenas ajudam na correção de comportamentos inadequados, mas também promovem um desenvolvimento emocional saudável, preparando a criança para interações sociais mais respeitosas e construtivas no futuro. “É fundamental que pais e cuidadores promovam um ambiente de respeito, que incentiva comportamentos positivos, onde a criança se sinta segura para se expressar, mas mais importante também é que os adultos busquem conhecimento sobre a imaturidade e o desenvolvimento do cérebro infantil”, finaliza.