A pesquisa setorial conduzida pela ABCasa em colaboração com o IEMI – Inteligência de Mercado, com dados referentes a 2022, revelou o papel significativo do estado do Amazonas no mercado de artigos para casa e decoração, destacando-se não apenas como um importante empregador, mas também como um potencial consumidor.
Segundo os dados levantados, o Estado do Amazonas representa 0,8% do consumo geral de artigos para casa e decoração no Brasil, consolidando-se como o segundo maior consumidor no Norte do país. O principal nesse cenário no norte é o Pará, com 2,0%.
Destacando-se ainda mais, a capital amazonense, Manaus, foi a única cidade do estado a entrar no ranking e conquistar o 15º lugar na lista das 150 cidades que mais consomem artigos para casa e decoração, com uma participação de 0,6%.
Quanto aos pontos de venda (PDVs), o Estado do Amazonas soma um total de 1.613 estabelecimentos, distribuídos principalmente em pequenos varejos, com 815 PDVs com até 4 funcionários. Além disso, o estado empregou 5.942 pessoas ao longo do ano de 2022 apenas nesse setor.
No que diz respeito ao comércio especializado, o Amazonas conta com 699 lojas, enquanto em comércios não especializados, como hipermercados e lojas de variedades, registra-se um total de 914 PDVs e mais de 18.503 pessoas empregadas.
É importante ressaltar também a presença do Amazonas no cenário de exportações, onde figura em 10º lugar no ranking dos principais exportadores, destacando-se entre os estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Eduardo Cincintato, presidente da ABCasa, destaca: “Os dados revelam uma participação importante do Amazonas na mão de obra empregada, especialmente em relação aos PDVs. Com sua representatividade no consumo interno e seu potencial de crescimento, o Amazonas pode se firmar como um polo importante no cenário nacional e internacional de artigos para casa e decoração”.
Esses números apontam não apenas para a relevância econômica do Amazonas nesse setor, mas também para o potencial de desenvolvimento e crescimento que o estado possui, promovendo oportunidades para investidores e empresários interessados em explorar esse mercado promissor.
Cenário Nacional
De acordo com o estudo apresentado pela ABCasa, o mercado de varejo de artigos para casa, decoração, presentes, celebrações e utilidades domésticas do Brasil apresentou números expressivos em 2022, revelando um setor robusto e em crescimento constante, que movimentou mais de R$ 96,3 bilhões no ano passado, envolvendo 238,8 mil pontos de venda em todo o país.
Dentre esses pontos de venda, 135,2 mil são lojas de varejo especializadas em artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas, enquanto 103,6 mil são pontos de venda de varejo não especializado, incluindo lojas de departamentos, variedades e home centers.
“É importante ressaltar que o nosso setor empregou um total de 2,7 milhões de pessoas em 2022, tanto em lojas especializadas como em varejistas não especializados.” aponta Eduardo Cincinato, presidente da ABCasa.
A produção local de artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas em 2022 correspondeu a R$ 54 bilhões, em valores líquidos, sem impostos, por meio de 25,9 mil unidades produtoras que empregam diretamente 458,5 mil funcionários.
No que diz respeito ao comércio exterior, o setor de artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas fez importações no valor de US$ 1,3 bilhão em valores FOB (Free on Board) em 2022. Paralelamente, as exportações brasileiras desses produtos somaram US$ 897 milhões, também em valores FOB, no mesmo período.
Outro destaque dessas estatísticas é o consumo residencial nas principais cidades brasileiras. Entre as dez maiores cidades em consumo de artigos para casa, destacam-se: São Paulo com 9,2%, Rio de Janeiro com 4,5%, Brasília com 2,6%, Porto Alegre e Belo Horizonte, ambos com 2,4%. Esses municípios são vitais para o mercado de varejo desse setor.
Segundo o presidente da ABCasa, esses dados demonstram a vitalidade e a importância do mercado de artigos para casa, decoração, celebrações, presentes e utilidades domésticas no Brasil.
“O nosso setor, ao lado da construção civil, teve um aumento expressivo no pós-covid 19 e o resultado direto foi o aumento no número de lojas, produção e profissionais ligados ao segmento. Houve uma mudança de mentalidade do consumidor final, que passou a ter um novo olhar para a casa e hoje investe mais em decoração”, destaca Eduardo Cincinato.