BRASÍLIA. Em discurso no plenário, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) acusou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de sabotar a reconstrução da BR 319, impedindo que o Amazonas seja o único estado do País que não poderá ser beneficiado com o boom de desenvolvimento que acontecerá com a inauguração do gigantesco Porto de Chankay, no Peru, a poucos quilômetros do estado. Plínio diz que a rodovia Transoceânica que passará por alguns estados da Amazônica , pelo cerrado até o Porto de Açu no Rio de Janeiro, teria tudo para estimular um novo surto de crescimento do Brasil, estimulando todo tipo de exportação.
Mas o Amazonas ficará de fora por causa da discriminação de Marina Silva em conluio com grandes fundos internacionais e “santuaristas imbecis” que exigem ver a Amazônia congelada, com seus milhões de habitantes vivendo sem qualquer das conquistas tecnológicas dos últimos duzentos anos .
” E quem ficaria de fora? Nós amazonenses. Nem é preciso pensar muito para que você tenha adivinhado que somos nós amazonenses”, protestou Plínio, repetindo que só existe hoje uma possibilidade de integração dessa parcela do território nacional, que é a BR-319.
Plínio disse que essa pregação da ministra Marina, do ICMBio, do Ibama, da Funai não passa de um conluio com organizações internacionais, com governos internacionais que financiam essas ações, como mostramos aqui, com a Fundação Gordon e Betty Moore. Que destinou US$11 milhões em quatro anos criando, fomentando ONGs para vigiar a BR-319 e financiando “cientistas imbecis” para criar estudos falsos dizendo que, se a BR-319 for asfaltada, novas epidemias surgirão.
“Esses profetas do apocalipse, essa gente toda de hipócritas , porque não passam de hipócritas , querem tudo do bom e do melhor, e querem tudo do pior para nós, ilhando-nos, tornando-nos uma ilha. O Amazonas não é uma ilha; é o maior estado da Federação e há de ser respeitado como tal”, concluiu Plínio.