Os profissionais pediram maior investimento e apoio para viver com dignidade
O senador e candidato ao Governo do Amazonas pela coligação “Em defesa da vida”, Eduardo Braga, reuniu, nesta quinta-feira (20/10), com profissionais da área cultural para ouvir as demandas e apresentar suas propostas para dinamizar o setor que foi duramente afetado no período da pandemia de Covid-19 e ainda não se restabeleceu sob o ponto de vista econômico por falta de apoio efetivo do governo estadual.
Atores, cantores, produtores, diretores participaram de uma roda de conversa onde os gargalos que emperram a realização de produções (peças teatrais, espetáculos de humor, filmes, espetáculos de circo, apresentações musicais) tiveram destaque. Os participantes pediram investimentos constantes e não o direcionamento exclusivo para os grandes artistas. “Investir uma grande quantia num único artista para cantar em um município é pouco para a arte. O melhor seria contratar também artistas regionais e dar a eles espaço, renda, promoção para que eles possam divulgar sua arte. Não podemos deixar de fora os artistas famosos. Isso vai se resolver com uma regra de política pública. Nas festas temáticas dos municípios, pode-se contratar um artista nacional e 10 artistas locais para fazer do evento uma festa da cultura amazonense, um intercâmbio de experiências. Assim, todos crescem profissionalmente e ganham pelo seu trabalho. Chegamos a investir R$ 100 milhões ao ano com cultura, o que era bastante para o orçamento da época”, destacou Eduardo Braga.
O ‘Galera Nota Dez’ foi relembrado com saudade pelos profissionais que atuavam na execução do projeto que beneficiou 180 mil jovens no turno e no contraturno das aulas tradicionais. “Ali era um espaço próprio para a descoberta de talentos. Quem gostava de guitarra, tinha o instrumento para tocar; quem gostava de skate, tinha uma pista à disposição. Os apaixonados pelo mundo dos esportes dispunham de capoeira, judô, basquete. Os profissionais recebiam para ensinar e auxiliavam a tirar os jovens das ruas, os afastando do mundo da criminalidade. Queremos retomar este projeto, agora dentro do Novo Cidadão, onde os pais receberão o auxilio de R$ 500, participam de cursos de qualificação enquanto os filhos estão protegidos, descobrindo suas aptidões”, detalhou Eduardo Braga.
Ao ser questionado se poderia criar condições especiais para favorecer os artistas a ter casa própria, Eduardo Braga apresentou a política de habitação, que segue a linha do que já executou. “Nosso governo investiu no passado no Prosamim (Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior) e na construção de moradias dignas para quem antes vivia em condições sub-humanas. Pretendemos construir, agora, 30 mil moradias para as famílias que precisam de um lugar seguro, tem baixa renda e não dispõem de condições de adquirir um imóvel. Os artistas estão inseridos neste grupo”, garantiu Braga.
O candidato da coligação “Em defesa da vida” firmou o compromisso de colocar a cultura no rumo certo. “Nós chegamos a ter seis ou sete teatros espalhados pela periferia. Tínhamos espaços teatrais nos centros de convivência, que hoje estão abandonados. As escolas estão fechadas nos finais de semana. Quando eu fui prefeito, criei a Escola Viva e no governo criei a Escola Cidadão, onde tinha arte, música, capoeira, judô, entre outras atividades. Eu quero reabrir tudo isso, seja teatro, seja escola, sejam centros comunitários para que a gente possa fazer cidadania por meio da arte, da cultura, do esporte e do lazer. Tenho o compromisso de restabelecer uma política cultural. Firmo com vocês o compromisso com a cultura e o de criar uma lei de incentivo à cultura estadual, que seja inclusiva, atendendo os diversos segmentos”, afirmou Eduardo Braga.
Realizações
Eduardo Braga foi o governador que mais trabalhou para fomentar e divulgar a cultura do Amazonas durante os dois mandatos consecutivos (2003-2010) como chefe do poder executivo estadual. Durante a gestão dele foi implementado o projeto Belle Époque, os espaços culturais foram multiplicados, ampliando o campo de atuação para os artistas e oferecendo à população maior acesso às atividades de cultura, lazer e entretenimento.
As construções históricas como o Palácio Rio Negro (antiga sede do Governo do Amazonas), Palácio da Justiça (antiga sede do Poder Judiciário no Amazonas) e Palacete Provincial (antigo comando geral da Polícia Militar) foram reestruturadas e passaram a exibir exposições permanentes e temporárias, assim como apresentações artísticas de variados estilos.
Os eventos direcionados para a população foram inseridos no calendário do Amazonas e ampliados ao longo da administração de Eduardo Braga como o Carnaval do Povo que levava atrações tanto para a área central quanto para os bairros de Manaus; o Carnaboi, evento na capital que alia a vibração do carnaval com o ritmo da toada recebeu apoio para disseminar a cultura popular; o Festival Folclórico de Parintins, por intermédio de Eduardo Braga ganhou projeção a partir da transmissão por meio de uma rede nacional de televisão.
Também foram implementados, nesta época, o Festival Amazonas Jazz (2006), o Festival de Música (2010), o Festival Amazonas de Dança (2009), o Festival de Teatro da Amazônia (2003), o Amazonas Film Festival (Festival Internacional de Cinema) (2004), a Festa das Luzes e Concerto de Natal e programações culturais no Largo de São Sebastião.
Os programas de apoio às artes fortaleceram a literatura, o teatro, a música, a dança, o circo, as artes visuais, o cinema e o vídeo, a cultura indígena e a cultura popular. Também foram oferecidas bolsas para pesquisa nesta área. O Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro recebeu investimentos e atendeu milhares de jovens com aulas de música e dança. Construiu e colocou em funcionamento 414 Bibliotecas sendo 188 na capital e 226 no Interior.