As ações da ZTE e de outros fabricantes chineses de equipamentos de telecomunicações tiveram altas acentuadas após países como os Estados Unidos, Japão e Reino Unido divulgarem uma declaração endossando princípios para o desenvolvimento de redes globais 6G.
As ações da ZTE listadas na Bolsa de Shenzhen subiram 10%, o limite diário permitido, enquanto os ativos negociados em Hong Kong terminaram com ganhos de 11% na terça-feira, 27. As ações da Sunshine Global Circuits, fabricante de placas de circuito integrado, e da Shaanxi Huada Science Technology, fabricante de conectores eletrônicos, subiram 20% cada, enquanto a Shennan Circuits ganhou 10%.
Os ganhos vieram logo após os EUA e nove outros países divulgarem uma declaração pedindo apoio aos princípios de segurança nacional, privacidade e outros no desenvolvimento de redes globais 6G.
“Acreditamos que esta é uma contribuição indispensável para a construção de um futuro mais inclusivo, sustentável, seguro e pacífico para todos, e apelamos a outros governos, organizações e partes interessadas para se juntarem a nós no apoio e defesa destes princípios”, afirmou a declaração.
Os países afirmaram que pretendem encorajar a adoção de políticas relacionadas em seus territórios e em outras nações para “avanço da pesquisa, desenvolvimento e padronização das redes 6G”.
A União Internacional de Telecomunicações das Nações Unidas disse, em dezembro, que espera ter um conjunto de padrões de tecnologia 6G aprovado até 2030. O órgão afirmou que se espera que a rede sem fio da próxima geração integre capacidades de sensoriamento multidimensional e inteligência artificial, criando uma nova infraestrutura digital que permita conexões quase em tempo real.
A ZTE tem explorado ativamente as tecnologias 6G e publicou artigos sobre cenários de aplicação 6G.
O 6G está atualmente em fase de formulação e teste de protótipo, disse a China Galaxy Securities em uma nota de pesquisa recente. Ao atualizarem as redes existentes, os países com “vantagens essenciais na geração anterior de tecnologia”, como a China, têm maior probabilidade de “alcançar uma liderança tecnológica maior”, afirmou.
Com informações de M&C e Estadão Conteúdo
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