Uma pesquisa recém realizada pela Koin, fintech especializada em Buy Now Pay Later (BNPL) sobre os gastos das famílias brasileiras neste período de volta às aulas, revelou que as mães são responsáveis pelas compras de material escolar em 52,1% dos lares. Os pais se dedicam à aquisição dos itens em apenas 12,5% das situações e em outros 30%, os dois fazem a compra juntos. Apenas 5,4% dos participantes delegam a tarefa para outros parentes, como avós e tios.
O material escolar foi apontado como o item que mais pesa no orçamento (40,4%) das famílias, quando se fala em educação, um pouco acima do livros didáticos (37,9%). Também preocupa o valor das matrículas (12,1%), além da aquisição de eletrônicos como tablets e calculadoras (6,3%), exigidos por algumas escolas da rede privada, e os tradicionais uniformes (3,3%).
A explicação vem em outro ponto da pesquisa: 45% dos entrevistados disseram ter gastado mais de R$1 mil com material didático (livros e apostilas, por exemplo), por filho. Já com relação a itens de papelaria, 62,1% dos entrevistados afirmaram que o gasto foi superior a R$300 por filho, seja comprando em lojas físicas ou online.
Para Juana Angelin, Chief Operating Officer (COO) da Koin, o planejamento é a chave para evitar que estes gastos se somem a outros e comprometam o orçamento. “No começo do ano, as famílias já precisam se preocupar com o IPTU, IPVA, a matrícula e o material didático. Quando parece que está tudo resolvido, aparece a lista de compras da papelaria. Por isso, é importante por tudo na ponta do lápis, dividir, pesquisar, parcelar se preciso, para que lá na frente, não falte, especialmente para quem tem mais de um filho”, destaca.
Pesquisa
O levantamento da Koin mostra, ainda, que 73,3% das pessoas pesquisam antes de comprar e 21,3% assumiram que só vão atrás de preços diferentes às vezes. Apenas 5,4% dos respondentes compram sem comparação de valores previamente. Esses números são complementados por outro: 31,3% dos respondentes afirmaram que as visitas a lojas de rua são a melhor forma de pesquisar, enquanto 25,4% vão aos sites das lojas e 21,3% aos comparadores de preços online. Pedidos de orçamento nas lojas são a opção de 10,5%; indicações de amigos e parentes são a opção de 7,5%; enquanto 3,3% do total dos participantes usam as redes sociais e 0,8% são adeptos de outros métodos para buscar as melhores condições de compra.
Onde comprar
Não importa se a loja é física ou online, o que vale é ter bons preços: um pouco mais da metade dos respondentes (50,4%) disse que compra das duas formas, a depender do item. Já 39,6% preferem as lojas físicas e apenas 10% compram todo o material escolar pela internet.
Formas de pagamento
A forma de pagamento preferida* para a aquisição do material escolar é o cartão de crédito (65,4%), seguido pelo Pix (36,7%), dinheiro (30,8%), débito (27,5%) boleto parcelado (22,9%) e Pix parcelado (15%).
Planejamento das compras
Quatro em cada 10 pessoas que responderam à pesquisa revelaram que não fazem planejamento para este tipo de pagamento. Outros 36,3% fazem uma reserva o ano inteiro. Já 12,5% deixam o 13º salário para essa despesa e 11,2% recorrem a parentes para pedir ajuda. “Quando analisamos os dados, notamos que quase a metade das pessoas (48,8%) planeja os gastos, considerando quem economiza ao longo dos meses ou usa o 13.º salário para fechar as contas. O cartão de crédito aparece como o meio de pagamento mais utilizado pelos respondentes para efetuar as compras de material escolar. Vários motivos podem explicar isso, mas um deles é a possibilidade de jogar essa despesa mais para a frente e dar um respiro nas contas de início de ano”, finaliza