A Eneva, a maior operadora privada de gás natural em terra do Brasil e empresa integrada de energia, anunciou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a declaração de comercialidade de duas descobertas na Bacia do Amazonas. Denominados Tambaqui (na região dos Blocos AM-T-84 e AM-T-85) e Azulão Oeste (também no Bloco AM-T-85), os campos são localizados na Bacia do Amazonas, no estado do Amazonas.
Em uma cerimônia realizada em Manaus nesta sexta-feira (16/2), o diretor de Exploração, Reservatório e Tecnologias de Baixo Carbono da Eneva, Frederico Miranda, enfatizou o compromisso de longo prazo da empresa com a região, por meio de projetos sociais e investimentos, visando transformar recursos naturais em riqueza para a sociedade.
“Com as novas descobertas, prevemos cerca de R$ 350 milhões em investimentos nos próximos cinco anos, o que resultará na geração de empregos e marcará um desenvolvimento significativo para o interior do Amazonas”, afirmou o diretor. Miranda também destacou que o estado não recebia uma declaração de comercialidade há mais de 10 anos.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, presente na solenidade, destacou o anúncio da empresa como um marco histórico para o estado. “De forma efetiva, estamos consolidando uma matriz econômica alternativa à Zona Franca de Manaus, no estado que detém a maior reserva de gás em terra do país, aproximadamente 40 milhões de m³ de poços já comprovados e com um potencial estimado em cerca de 100 milhões de m³”, frisou.
O deputado estadual e diretor da Comissão de Recursos Hídricos e Gás da Assembleia Legislativa, Sinésio Campos, disse que o estado vive um novo período de geração de emprego e renda no interior do estado. “Teremos uma energia renovável substituindo o diesel das termelétricas pelo gás natural”, completou.
Além disso, estiveram presentes no evento o vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, o diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Juliano Valente, bem como secretários estaduais e profissionais da imprensa.
Descobertas
O Campo de Tambaqui, após a perfuração de quatro poços, tem volume de gas-in-place estimado entre 1,6 Bm³ (P90), 3,6 Bm³ (P50) e 5,7 Bm³ (P10) de gás natural, e o total bruto de óleo e condensado varia entre 8,8 milhões de barris (MMBls) (P90), 13,9 MMBls (P50) e 18,9 MMBls (P10).
Já o Campo de Azulão Oeste, com seis poços perfurados, revela estimativa de gas-in-place de 1,4 Bm³ (P90) a 6,1 Bm³ (P10).
A partir das Declarações de Comercialidade, a companhia tem até 180 dias para apresentar à ANP os Planos de Desenvolvimento dos campos
Os novos campos refletem e suportam a estratégia de crescimento na oferta de soluções energéticas que vão desde a geração de energia termelétrica, no modelo reservoir-to-wire (R2W), até a comercialização de GNL para clientes industriais e clientes logísticos.
Além do investimento em exploração, a Eneva segue atenta às oportunidades de aumento de reservas, por meio da participação em leilões da ANP, bem como aquisições de ativos que façam sentido à estratégia da companhia, dentro da lógica de melhor alocação de capital e disciplina financeira.
No final de 2023, a companhia arrematou no leilão de oferta permanente da ANP, em consórcio com a Atem, a área de acumulação marginal de Japiim, na Bacia do Amazonas.
Sobre a Eneva
A Eneva é a principal operadora privada de gás natural onshore no Brasil, atuando desde a exploração e produção até o fornecimento de soluções de energia. Com ativos em diversos estados brasileiros, a empresa opera 14 campos de gás natural nas Bacias do Parnaíba (MA) e Amazonas (AM), totalizando uma área de concessão superior a 63 mil km², a maior do Brasil. Possui um parque de geração com 5,95 GW de capacidade contratada, incluindo termelétricas nos estados do Maranhão, Ceará, Sergipe, Roraima, e o Complexo Solar Futura na Bahia, que iniciou operação em 2023.
Por Thatyanne Studart