A preocupação com mudanças climáticas deu um salto no Brasil. Empresários apontam questões relativas aos distúrbios do clima como principal risco para 2024, mostra uma pesquisa da Allianz Commercial.
No ano passado, esse tema aparecia em oitavo lugar. Ainda no ranking, outro temor crescente ligado ao meio ambiente é com catástrofes naturais, incluindo enchentes e temperaturas extremas, que subiu do sexto para o quarto lugar.O estudo da Allianz, chamado Risk Barometer, é mundial, feito em 92 países com mais de 3 mil executivos do mundo corporativo. No agregado global, a maior preocupação para os negócios em 2024 é com ataques cibernéticos, que incluem o temor de vazamento de dados, invasões de sistemas e pedidos de resgates por informações roubadas.
Agricultura
Um estudo revelou que 71% dos agricultores já observam impactos expressivos do aquecimento global em suas propriedades. Além disso, 76% deles estão preocupados com os efeitos futuros das mudanças climáticas para seu negócio. A pesquisa foi contratada pela Bayer e conduzida pela Kekst CNC e ouviu 800 produtores do Brasil, Austrália, China, Alemanha, Índia, Quênia, Ucrânia e Estados Unidos.
Em coletiva de imprensa realizada com veículos dos países envolvidos no levantamento, o presidente global da divisão agrícola da Bayer, o brasileiro Rodrigo Santos, explicou que apesar de já haver diversas publicações focadas nos eventos de calor, chuva ou seca extrema e outros efeitos das alterações do clima, havia necessidade de ouvir dos próprios produtores rurais sobre o que pensam e já estão vivendo em suas fazendas em decorrência do novo cenário climático. Daí a decisão de realizar a pesquisa “Farmer Voice“.
“Os agricultores já estão sentindo os efeitos adversos das mudanças climáticas em seus campos e, ao mesmo tempo, têm um papel central no enfrentamento desse desafio. É por isso que é tão importante fazer com que a sua voz esteja em primeiro plano”, disse Santos.
Com informações de Altamiro Silva Junior/Estadão Conteúdo e M&C