Mesmo que o plano de recuperação judicial da Americanas seja aprovado pela assembleia de credores marcada para esta terça-feira (19/12) a partir das 14h, os desafios da empresa, uma das mais tradicionais do varejo brasileiro, estão apenas começando.
“Além de reconquistar a confiança dos clientes, que dispõem atualmente de inúmeras ofertas de competidores internacionais relevantes como Mercado Livre e Amazon, a companhia terá que reconquistar os fornecedores, que naturalmente estão preocupados com a solvência da Americanas no curto prazo”, diz Sandro Magaldi, especialista em transformação de negócios e principal autor de livros de hard management do Brasil.
Porém, no longo prazo, a Americanas só terá relevância se conseguir implementar um plano efetivo de integração de suas lojas físicas com o digital. “A Americanas precisa se tornar uma empresa digital com pontos físicos integrados que façam sentido ao cliente. Hoje, a sua rede física, que no passado era um diferencial, é muito mais um custo do que fonte de receita. Os gestores precisarão ter muita habilidade nesta integração, que precisa dar sentido ao todo”, avalia Magaldi.