O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Alex Carvalho, participou nesta quarta-feira (06/12) do “Diálogo Empresarial para uma Economia de Baixo Carbono”, encontro promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Dubai, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28). O objetivo foi debater temas importantes para a indústria, como as ações para a descarbonização da produção, transição energética e desafios tecnológicos e regulatórios, além de promover a COP30, que será realizada em Belém, em 2025.
Na cerimônia de abertura, o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que o Brasil deve unir esforços em favor da neoindustrialização.
“A indústria brasileira reúne condições únicas para ser uma das líderes mundiais da baixa emissão de carbono e da sustentabilidade. Temos uma oportunidade ímpar, talvez a última dessa geração, de revitalizar a indústria brasileira. Com um setor industrial mais inovador, dinâmico e competitivo, o Brasil poderá crescer de forma vigorosa e sustentável e gerar a renda e os empregos necessários para melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou.
Para o presidente da Fiepa, Alex Carvalho, com a expectativa da COP30 no Pará, o Estado deve se preparar para ser inserido em um novo modelo econômico mais inclusivo e justo.
“Se nós estamos dispostos a assumir esse protagonismo para uma nova economia, temos que ficar atentos para enfrentar e superar as adversidades que nos colocaram nesse atraso em que estamos hoje como, por exemplo, a falta de uma infraestrutura adequada que nos traz pouca competitividade. Então, precisamos primeiro transpor essas dificuldades para emergirmos integralmente neste novo mundo, a partir de uma transição justa, para uma economia à base da nossa biodiversidade, mas que seja rentável e sustentável para que as riquezas fiquem no nosso território”, afirmou Carvalho.
Durante a reunião, na sessão especial sobre a COP30, o governador Helder Barbalho falou sobre os projetos lançados pelo Pará em Dubai, como a rastreabilidade total até 2026 da cadeia da pecuária do nascimento até o abate; o Plano de Recuperação de Vegetação Nativa (PRVN), que prevê restauro de 6,7 milhões de hectares até 2030; e a agricultura regenerativa, com meta de regenerar 140 mil hectares até 2025 beneficiando 4 mil agricultores familiares.
Helder também explicou que a COP de Belém será única por discutir meio ambiente na floresta amazônica e levar ao mundo conhecimento sobre a realidade de 29 milhões de pessoas que vivem na Amazônia brasileira.
“Que estes que estão aqui impressionados com a suntuosidade, com a grandeza e com a estrutura desta cidade, possam ficar impressionados com a maior floresta tropical do planeta”, disse.
CNI firma parcerias com americanos e árabes para a COP30, em Belém
No encontro, a CNI formalizou parceria com quatro instituições para desenvolver estratégias conjuntas para participação integrada na COP30, que promete ser um marco para o avanço nas negociações sobre o clima. Os documentos foram assinados com a Câmara de Comércio dos Estados Unidos (US Chamber), a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, a Amcham Brasil e o First Abu Dhabi Bank.
O acordo busca desenvolver uma agenda positiva entre os setores empresariais dos dois países direcionada a uma economia de baixo carbono.
Entre os compromissos, estão a troca de informações sobre cooperação comercial, econômica e social para potencial estreitamento de relações entre Brasil e Estados Unidos na agenda da COP30; ajuda mútua para a organização e participação em ações como conferências e seminários antes e durante a COP; e a busca de oportunidades de cooperação ou parceria que possuam sinergia com a Agenda do Clima.
O presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Osmar Chohfi, disse que a parceria possibilitará uma participação mais consistente e produtiva da indústria na COP30, identificando oportunidades e parcerias.
Com informações da Fiepa, da Agências de Notícias da Indústria e Agência Pará de Notícias
Foto: Iano Andrade/CNI