Um homem morreu e outros dois ficaram feridos em um ataque no centro de Paris, na França. O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, disse que o agressor tinha como alvo turistas nos arredores do Quai de Grenelle, uma área perto da Torre Eiffel, um dos principais pontos turísticos da cidade. A ação ocorreu na noite de sábado (02) pouco antes das 21 horas, no horário local (17h de Brasília).
Darmanin acrescentou que o agressor foi preso e os feridos estão sendo tratados pelos serviços de emergência. Segundo ele, a vítima fatal do ataque estava com a esposa quando foi atacado e esfaqueado.
O ministro detalhou que a vida da esposa foi salva pela intervenção de um taxista. A seguir, o suspeito fugiu por meio de uma ponte próxima que atravessa o rio Sena.
O homem então atacou mais duas pessoas, atingindo uma delas no olho com um martelo, disse Darmanin.
O suspeito, denominado nos meios de comunicação franceses como Armand R., foi então detido pela polícia por suspeita de homicídio e tentativa de homicídio relacionado a um ato terrorista.
Os dois feridos — um francês com cerca de 60 anos e um turista britânico — foram tratados pelo serviço de emergência, nenhum deles corre risco de vida.
Darmanin disse que o suposto agressor gritou “Allahu Akbar”, uma expressão que significa “Alá é o maior” em árabe, e disse à polícia que estava decepcionado com a situação na Faixa de Gaza.
O ministro disse que o suspeito já foi condenado anteriormente a quatro anos de prisão em 2016 por planejar outro ataque e estava na lista de vigilância dos serviços de segurança franceses. O homem também era conhecido por sofrer de distúrbios psiquiátricos, disse Darmanin.
No sábado (2/12), num vídeo publicado nas redes sociais, o suspeito criticou o governo francês e mencionou o que descreveu como o assassinato de muçulmanos inocentes, segundo a agência de notícias AFP.
No X, o antigo Twitter, o presidente francês Emmanuel Macron enviou condolências a todas as pessoas afetadas pelo “ataque terrorista” e agradeceu aos serviços de emergência pela resposta.
“A Procuradoria Nacional Antiterrorista será agora responsável por esclarecer este caso para que a justiça possa ser feita em nome do povo francês”, escreveu Macron.
O ataque acontece menos de dois meses depois de um professor ter sido morto num ataque com faca numa escola secundária na cidade de Arras, no norte do país, o que levou o governo francês a colocar o país no nível mais alto de alerta de segurança nacional.
Por BBC News Brasil