A primeira edição da Copa da Floresta chega ao fim neste sábado (18/11), em Urucurituba, com uma cerimônia repleta de representatividade e que nada deveu a grandes competições mundiais. Durante o espetáculo, a Federação Amazonense de Futebol (FAF) premiará a grande campeã, com um troféu especial, que homenageia, em cada detalhe, os povos tradicionais do Amazonas, os guardiões da floresta.
Idealizado e produzido por amazonenses, o troféu nasceu por meio dos traços do designer da FAF, Rafael Melo, que ilustrou na premiação, todo o zelo e cuidado que os povos tradicionais têm pela floresta, em que vivem. De acordo com Melo, a composição do troféu representa a relação incomparável, que esses povos têm com a floresta.
Em seu formato, o troféu traz as mãos do homem do interior em gesto de agradecimento e proteção da floresta, representada pelas folhas que formam a copa de uma árvore. Em sua base, está presente ainda o verso final do poema do poeta amazonense, Thiago de Melo, Estatuto do Homem, que enaltece a liberdade, viva como um rio no coração do homem.
Atuante na luta pela preservação da floresta amazônica e da valorização dos povos originários, o presidente da FAF, Ednailson Rozenha, elogiou o trabalho realizado, tanto no projeto quanto na produção, e voltou a enaltecer o papel fundamental que o homem da floresta tem para mantê-la de pé.
“A floresta é e sempre será a bola da vez! Pelo menos para o nosso povo, que durante toda sua existência, sempre cuidou, com muito amor e sabedoria, desse chão tão rico. Graças aos povos tradicionais, a floresta ainda está de pé, preservada e protegida, entregando ao homem da floresta, por meio de rios, fauna e flora, o essencial para sua vida. E celebrar essa linda relação é o que nos une”, declarou o mandatário.
Da terra, o troféu da Copa da Floresta foi produzido, integralmente, por uma empresa amazonense, especializada na confecção de artigos desse tipo. Foi utilizado na produção da premiação materiais como madeira, acrílico, tinturas e adesivos.
Cerimônia histórica
Antes, durante e depois da partida mais importante da primeira edição da maior competição de futebol não profissional da Região Norte do Brasil, a FAF realizou uma cerimônia de premiação histórica, semelhante ao protocolo realizado pela FIFA na final da Copa do Mundo.
Guardado em um estojo igualmente especial, o troféu foi apresentado aos presentes, antes da partida, pelo ex-jogador e agora auxiliar permanente do Amazonas FC, Ibson, que figurou como o guardião da premiação.