O segmento de consumo é o segundo mais envolvido em fusões e aquisições no Brasil de janeiro a agosto deste ano. Entre as 850 transações registradas, 15,4% estão relacionadas a empresas do varejo, conforme levantamento da PwC Brasil, que também constatou que o setor líder é tecnologia, mídia e telecomunicações, com 46%.
No geral, considerando todos os setores, o número de fusões e aquisições nos primeiros oito meses de 2023 é 22% menor em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 1.087 transações. A média mensal de fusões e aquisições em 2023, de 106 operações, fica abaixo dos anos anteriores: 130 em 2022, 138 em 2021 e 87 em 2020.
Até agosto de 2023, 20,4% das operações foram conduzidas por empresas multinacionais, enquanto 79,6% foram realizadas por empresas nacionais. A região Sudeste lidera com 68,5% das transações, seguida pelo Sul com 20,5%, Nordeste com 5,3%, Centro-Oeste com 3,4% e Norte com 2,3%.
Consumo nos supermercados
O consumo nos lares brasileiros teve alta de 4,12% em volume de vendas em agosto em relação ao mesmo período de 2022. Os dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) indicam meses positivos de consumo pela frente.
Esse crescimento será puxado pelas quedas consecutivas nos preços dos alimentos, bem como em virtude de programas de transferência de renda. Apesar da perspectiva positiva, os números não merecem grande comemoração tampouco euforia, na visão de quem lida com dados do segmento.
O preço da Abrasmercado (cesta de 35 produtos de consumo maciço monitorados pela Abras) teve queda de 5,33% em agosto ante o mesmo mês de 2022. A cesta ainda registrou uma desvalorização de 1,71% na comparação com julho e, no ano, a queda acumulada é de 4,89%. Os preços, em média, recuaram de R$ 730,06 para R$ 717,55. A cesta é composta pelas categorias de alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.
Com informações de Estadão Conteúdo
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