A Delegacia Sindical no Amazonas organizou um dia de mobilização em Manaus, no dia 20 de novembro, com a participação de Auditores-Fiscais da Direção Nacional de diversas regiões. O grupo veio a Manaus para participar de uma agenda de atividades sindicais que iniciou no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes com um ato público pelo fim das travas do Decreto 11.545/23 e o cumprimento integral do Plano de Aplicação do Fundaf, na sexta-feira, (27).
Durante uma reunião com o presidente-executivo do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Lúcio Flávio de Morais, os Auditores-Fiscais, juntamente com membros da Direção Nacional e da DS Amazonas, informaram que, após tentativas de negociação com o governo federal por meio do ministro Fernando Haddad, não houve retorno sobre o acordo firmado em 2016. Como resultado, a categoria decidiu iniciar uma paralisação, aprovada em assembleia, a partir do dia 20 de novembro.
Além do anúncio, o grupo pediu o apoio da entidade do setor industrial amazonense para reforçar o diálogo com o governo federal e o Ministério da Fazenda.
O grupo formado por membros da Direção Nacional participou desta programação na capital amazonense, entre os quais, a diretora adjunta de Assuntos Parlamentares, Patrícia Fiori Cabral; o presidente da Delegacia Sindical de Santos do Sindifisco Nacional, Elias Carneiro Júnior; o representante do Comando Nacional de Mobilização (CNM), Marcus Dantas e André Trajano (DS/Santos). Também estavam presentes membros da DS Amazonas Sindifisco Nacional, o 2° vice-presidente do Sindifisco Nacional, Eduardo Toledo, e o coordenador do Comando Regional de Mobilização da 2ª RF (CRM02), Marcos Neto.
Durante o encontro no CIEAM, Elias Carneiro, presidente da Delegacia Sindical, enfatizou a necessidade urgente de resolver a situação: “O ministro tem conversado conosco, mas o progresso tem sido muito lento em comparação com o esperado. Esta questão se arrasta desde 2016, e a regulamentação de uma lei de 2016 foi feita muito abaixo do necessário. Precisamos que o governo resolva isso, pois isso afeta negativamente o país como um todo. Há uma restrição muito grande na liberação de cargas”.
O representante do Comando Nacional de Mobilização (CNM), Marcus Dantas reforçou a necessidade de conseguir uma resposta do governo antes do dia 20, data marcada para o início da greve.
“Sem dúvidas no dia 20 de novembro teremos uma mobilização, uma greve muito forte, por isso estamos conversando com os segmentos empresariais porque até o momento não existe uma ação sequer que indique que o acordo será cumprido”.
Marcus Dantas
Reinauguração
Pela ocasião da reinauguração da sede da Delegacia Sindical em Manaus e Dia do Servidor Público, data comemorada em 28 de outubro, foi realizado um happy hour com música ao vivo e a participação de filiados e convidados. O diretor administrativo da DS, José Jefferson comentou sobre as melhorias realizadas no imóvel, “com o tempo e chegamos a conclusão que precisava de uma reforma, incluindo pintura, instalação de sistema de câmeras e placas solares. A intenção é concluir o que falta até o final deste ano”.
Adesão
Durante o evento, a diretora adjunta de Assuntos Parlamentares, Patrícia Fiori Cabral, enfatizou a importância da adesão ao movimento: “A greve terá visibilidade para a população, que não vai nos apoiar. Precisamos nos apoiar mutuamente para manter nossa força até o final de dezembro. Cada pessoa é importante nesse movimento e na greve que se aproxima”.
Amauri Teixeira, membro do Conselho Fiscal da DS Amazonas, pediu aos colegas que não aderissem ao teletrabalho durante o movimento, enquanto o coordenador do Comando Regional de Mobilização da 2ª RF (CRM02), Marcos Neto, destacou os desafios enfrentados pelos Auditores-Fiscais no Amazonas, onde a maioria dos mais de 200 filiados não reside mais em Manaus devido à possibilidade de realizar teletrabalho a partir de seus estados de origem. Já se passaram oito anos desde o último concurso público.
“Quem faz o concurso tem uma perspectiva de em dois ou três anos ir embora. Sem falar no cansaço, o ano de 2022 foi um ano inteiro de mobilização pelo cumprimento desse acordo que já tem uns sete anos, é uma situação sem muita opção, ou a gente levanta pra lutar pela categoria ou vai a cada dia mais perdendo valor. E a gente já vê a possibilidade de no ano que vem ter uma redução no salário diante de uma avaliação de metas”, alerta.
Manaus foi a terceira cidade que o grupo visitou para promover a mobilização, que já passou pelo Rio de Janeiro, Santos/SP e seguirá para Foz do Iguaçu, no Paraná.
Por Fabíola Abess