Duas médicas pediatras vindas de Goiás se encontraram em uma situação inesperada que fez toda a diferença na vida de um turista brasileiro. Gyselle Bessa, de 46 anos, e Kamilla Prudente, de 34, foram as heroínas do dia no Aeroporto John F. Kennedy, em New York, quando um turista sofreu uma parada cardíaca na segunda-feira (23).
Ambas estavam nos Estados Unidos para o casamento de uma amiga médica goiana, aproveitando uma folga merecida. No entanto, o destino as levou a um papel crucial quando, enquanto esperavam na fila da imigração, ouviram um grito desesperado de socorro: “Help”.
Emoção e adrenalina se misturaram enquanto Gyselle e Kamilla responderam ao chamado. Gyselle descreveu o momento, dizendo: “Estamos em êxtase. Não acreditamos no que aconteceu. Já atendemos a muitos casos, mas este foi o mais marcante para mim.”
Kamilla, relembrando a situação tensa, compartilhou: “Eu corria para um lado, corria para o outro. Parecia uma cena de filme.”
Essas médicas goianas de coração generoso atuaram rapidamente e, graças às suas habilidades e equipamentos médicos, conseguiram estabilizar o turista. O turista estava visitando seu filho nos Estados Unidos com a esposa, e o atendimento o levou de um estado crítico para uma condição estável.
Kamilla, em sua primeira viagem aos Estados Unidos, carregava consigo equipamentos médicos como um oxímetro e um estetoscópio, mesmo estando em férias. Esses instrumentos se revelaram essenciais no atendimento de emergência ao homem no aeroporto.
“Cheguei lá, vi que ele estava em parada cardiorrespiratória e já comecei a fazer massagem cardíaca. Deixei Gyselle assumir a massagem e voltei para a fila para pegar minha mala onde estavam meus aparelhos médicos e saí correndo de novo. Parecia uma cena de filme”, descreveu Kamilla sobre os momentos frenéticos em que correu para ajudar Gyselle no local onde a família do paciente pediu socorro.
As médicas explicaram que, após avaliar a situação do homem, conseguiram obter um desfibrilador no aeroporto. Esse dispositivo é vital para reanimar pacientes em parada cardíaca.
Gyselle detalhou: “Com a ajuda do oxímetro, monitoramos a saturação de oxigênio e a frequência cardíaca. Graças a Deus, havia um desfibrilador disponível no aeroporto. Após verificar os sinais vitais com o oxímetro e o estetoscópio, conseguimos aplicar o desfibrilador para realizar a desfibrilação. Além disso, realizamos massagem cardíaca, o que permitiu que revertermos a situação até a chegada dos paramédicos.”
Ambas as médicas são especialistas em pediatria, mas sua formação médica permitiu que atendessem com sucesso um adulto em uma situação crítica. A experiência inesperada destacou sua capacidade e determinação de salvar vidas.
*Por Brazilian Times