O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) alerta o consumidor amazonense sobre os golpes aplicados de boletos falsos. Com a correria do dia-dia, muitos não se certificam da veracidade do boleto e caem no golpe.
Segundo o diretor-presidente do Procon-AM, Jalil Fraxe, o golpe apesar de não ser novo, vem se inovando a cada dia. Segundo ele, criminosos têm usado a tecnologia para clonar WhatsApp nos sites das instituições financeiras, lojas de departamento e utilizando a identidade visual da empresa, tanto no aplicativo como na confecção dos falsos boletos.
“Muitos golpistas enviam os boletos falsos por e-mail, SMS ou mensagens para aplicativos de rede sociais, como o Facebook, Instagram ou WhatsApp. Ou seja, os consumidores devem evitar clicar nesses links e acessar apenas os canais oficiais dos fornecedores”, ressalta Fraxe.
Geralmente, os boletos falsos possuem o código de barras alterado, com rasuras ou falhas na impressão, para propositalmente não serem lidos pelos leitores de caixas eletrônicos ou aplicativos bancários de celulares. Logo, o cuidado com os números digitados deve ser redobrado, pois esse truque força o consumidor a digitar o número alterado pelos golpistas.
“Uma das formas mais utilizadas para pagar contas é por meio de boletos bancários. Como nesta época do ano há muitas movimentações financeiras, infelizmente isso chama a atenção dos fraudadores, que podem encaminhar faturas falsificadas para os consumidores. Temos que estar em alerta”, diz Fraxe.
De acordo com o Procon, é importante observar a sequência dos números do boleto, na tela de um caixa eletrônico ou do aplicativo bancário do celular, se o valor da fatura está correto, assim como o beneficiário do pagamento, pois deve ser a empresa da qual se está comprando. Caso apareça que o beneficiário é uma pessoa física, quando se está comprando de uma empresa, há um forte indício de boleto falso.
“Se houver alguma variação inesperada no valor de faturas fixas, como por exemplo, as parcelas escolares ou mensalidades de TV a cabo, isso pode ser algo suspeito. O consumidor também deve observar os seus dados pessoais descritos nos boletos, conferir o CNPJ das empresas, além de buscar por erros de português e de formatação nas faturas”, informa Fraxe.
Ao fazer download do boleto no site do credor, o comprador deve certificar-se de que está acessando o site verdadeiro do lojista, em que o endereço eletrônico começa por “https”. Páginas seguras trazem o selo do certificado SSL, correspondente ao ícone no formato de um cadeado, o que as asseguram contra invasões e garante maior confiabilidade para o documento que está sendo baixado.
O consumidor deve verificar se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Por exemplo, um boleto do Banco do Brasil sempre começará com 001, do Bradesco com 237, da Caixa Econômica Federal com 104, do Itaú com 341 e do Santander com 033. Os números bancários podem ser checados no site: www.febraban.org.br.
Caso o consumidor desconfie que recebeu um boleto falso, deve contactar a empresa geradora do serviço ou produto e a entidade bancária onde o pagamento foi ou será feito.
Caso haja confirmação da fraude, o consumidor deve realizar um boletim de ocorrência na Polícia e acionar o Procon-AM, por meio dos seguintes canais de comunicação: (92) 33215-4009 ou 0800 092 1512 (segunda a sexta, das 8h às 14h, exceto feriados), site www.procon.am.gov.br ou correio eletrônico: [email protected]. Se preferir, pode comparecer ao Procon-AM, localizado na Av. André Araújo 1500, Aleixo.
Fotos: João Pedro/Procon-AM
Arte: Warley Vicente/Procon-AM