O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Caio André (Podemos), recebeu, na tarde desta segunda-feira (09/10), um grupo de lideranças indígenas de 16 etnias. O grupo reivindicou a criação de um órgão municipal que atue na luta pelos direitos dos povos originários. Caio André se disponibilizou a levar a solicitação à Prefeitura de Manaus, uma vez que a implementação de novos órgãos compete ao Executivo Municipal.
De acordo com o vereador, que recebeu o grupo na presidência da Casa, a conversa com a Prefeitura precisa ocorrer o quanto antes, para que a criação do novo órgão possa ser avaliada e prevista no Plano Orçamentário Anual do Município referente ao ano de 2024.
“O poder Legislativo Municipal se comprometeu com as lideranças para que nós possamos, junto ao Executivo Municipal, buscar uma unidade gestora que atue com políticas públicas voltadas para os povos originários”, disse Caio André.
“Tivemos, na semana passada, uma conversa com o secretário de articulação política nesse sentido. Ele já sinalizou que a Prefeitura tem também essa intenção, e deve enviar aqui para a Casa um Projeto de Lei de iniciativa do Executivo, para que possamos criar essa unidade gestora, para que as políticas públicas voltadas a essa parcela tão importante da cidade de Manaus possam acontecer já a partir do ano de 2024”, acrescentou o presidente da CMM.
As lideranças representam famílias indígenas de 16 etnias que residem nas zonas urbana e rural de Manaus. O grupo avaliou positivamente a reunião com o presidente da CMM.
“Viemos pedir socorro para que possamos remar na mesma direção, para a criação de uma Fundação Municipal dos Povos Originários dentro de Manaus. Isso é uma articulação do Movimento Indígena Organizado, fomos bem recebidos pelo presidente e sua comissão. Estamos aqui para dialogar e construir algo melhor para a população indígena”, disse Robério Ramirez Kambeba, que integrou a comitiva.
“Hoje foi um dia especial para a população indígena de Manaus e entorno, chamada Movimento Indígena Organizado. Estamos tentando nos organizar cada vez mais, para que a gente possa proteger nosso futuro e construir algo sólido em prol da população indígena”, concluiu Robério.