Nomeados em referência a lendas amazônicas – Curupira e Yara – foram alguns projetos apresentados à Suframa pelo Hub Tecnologia e Inovação da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), na manhã desta segunda-feira (25), na sede da UEA. Durante a visita, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, e o superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Autarquia, Waldenir Vieira, foram recepcionados pelo reitor da UEA, André Zogahib; pelo coordenador-geral do Hub, André Printes, e outros pesquisadores, como o coordenador de Sistemas Embarcados, Raimundo Cláudio Gomes.
O reitor explicou que o Hub faz parte de ecossistema de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da UEA e entre os objetivos estão a integração com as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), desenvolvimento de soluções em Indústria 4.0, capacitação tecnológica, fomento da criação de startups, e formação de capital intelectual.
“Nós só vamos conseguir desenvolver o Amazonas se for por meio de desenvolvimento tecnológico. Isso é muito claro aqui na universidade. Não é a economia que movimenta a tecnologia, mas é a tecnologia que movimenta a economia. Nós éramos, durante muito tempo aqui, aprendizes, manufaturadores, no máximo. Hoje, não. Nós formamos pessoas que são intelectualmente capazes de desenvolver produtos e projetos e isso vai gerar óleo, vai gerar patente, vai gerar recurso para o nosso estado”, salientou Zogahib.
Em seguida, o coordenador-geral do Hub, André Printes, é os demais representantes da UEA, apresentaram diversas soluções tecnológicas já desenvolvidas ou em desenvolvimento pelos pesquisadores do local. Dentre elas, o projeto Curupira: Guardião da Floresta, um sistema de monitoramento que usa uma combinação de tecnologias e inteligência artificial para detecção de eventos anômalos na selva, como invasores, fumaça, fogo, presença de escavadeiras.
O Curupira é treinado para operar imitando o comportamento neural humano, possui baixo consumo de energia e funciona com bases fixas e móveis. Além da vigilância e proteção, permite diagnósticos de impactos ambientais e georreferenciamento. Entre as possibilidades futuras, inclusão digital de comunidades ribeirinhas; integração com drones para tomada de imagens; e creditação de carbono.
Outro projeto de destaque apresentado foi o Projeto Yara, idealizado para monitorar a qualidade da água do Rio Amazonas de forma remota, por meio de dispositivos eletrônicos coletores e transmissores de informações, como: temperatura da água, oxigênio dissolvido, turbidez, pH, condutividade elétrica, salinidade, temperatura do ar e sólidos totais dissolvidos.
Também foi citado projeto iniciado durante a pandemia do Covid na qual são utilizadas vibrações mecânicas para desestruturar o vírus. “O lema do nosso Hub é: a melhor maneira de prever o futuro é inventá-lo”, ressaltou Printes.
Potencialidades
O superintendente da Suframa elogiou o avançado grau de tecnologia dos projetos e ressaltou iniciativas da Autarquia para divulgar as potencialidades dos recursos oriundos da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus e fomentar o ecossistema de inovação local.
“Temos promovido eventos como as Jornadas de Interiorização e Desenvolvimento em que buscamos aumentar a transparência sobre as informações dos recursos da Lei de Informática e incentivamos a criação de um ambiente propício para inovação”, frisou Saraiva.
Por Enock Nascimento/Suframa