Entre os dias 03 e 08 de setembro, uma comitiva da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) realizou a Missão Técnica de Eólica Offshore ao Reino Unido. O objetivo foi efetuar uma série de visitas técnicas a instalações portuárias da Inglaterra e Escócia.
A ida da comitiva acontece após convite encaminhado pelo Consulado do Reino Unido no Brasil. A organização da missão coube ao Ministério para Negócios e Comércio do Reino Unido, em colaboração com o time de Energia do Governo Britânico no Brasil e teve como intuito apresentar a estrutura britânica para o desenvolvimento do setor eólico offshore.
Durante a viagem, os integrantes da comitiva puderam ter acesso às estruturas, operações e aspectos regulatórios da energia eólica offshore, especialmente aqueles diretamente relacionados aos setores regulados pela Antaq.
Também foram realizadas sessões teóricas, debates relacionados à agenda bilateral com o Governo da Escócia, visitas a centros de inovação e tecnologia e a portos que fizeram a transição do óleo e gás para a operação de eólica offshore. Os participantes puderam conhecer o piloto de turbina eólica para geração de hidrogênio.
Tanto os debates quanto as visitas serão importantes para o desenvolvimento das estratégias de governança integrada do espaço marítimo, considerando suas diferentes oportunidades para o porto e setores de transporte associados à indústria eólica offshore, o papel das instalações portuárias como centros de energia limpa e os aspectos regulatórios da navegação para o setor, bem como os serviços utilizados em obras de engenharia dos parques eólicos offshore.
Integra a comitiva o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, que ressaltou os objetivos da Agência com a missão aos países do Reino Unido. Segundo ele, o conhecimento adquirido para a construção dos parques eólicos será importante para o desenvolvimento e adaptação dos portos brasileiros para a instalação e operação desse modelo de energia renovável.
“A nossa participação teve como principal objetivo ampliar nosso conhecimento sobre os aspectos estruturais, operacionais e regulatórios da geração de energia eólica offshore. Participamos de reuniões com órgãos reguladores do setor no Reino Unido, especialmente órgãos governamentais, e com diferentes atores da indústria. Pudemos ter contato ainda com instalações portuárias já adaptadas à produção eólica offshore”, disse.
Vale lembrar que, recentemente, a Antaq aprovou o seu primeiro estudo relacionado à energia eólica offshore e os aspectos regulatórios de navegação e portuários. O trabalho teve como objetivo analisar o arcabouço regulatório que envolve a implantação da energia eólica offshore, sobretudo sob o prisma portuário e da navegação. O estudo será protocolado no site da Antaq nas próximas semanas.
Além do diretor-geral, representaram a Antaq o diretor Caio Farias que é relator do projeto P38, que faz parte da agenda Plurianual de Estudos da Antaq, cujo objetivo é verificar a preparação da infraestrutura portuária nacional para o recebimento de embarcações que trafegam com combustíveis alternativos menos poluentes e para o fornecimento de energia proveniente de fontes renováveis para embarcações atracadas. Além disso, também visa conhecer medidas que estejam sendo adotadas com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa pelas infraestruturas portuárias brasileiras e na prestação dos serviços portuários.
Também representou a Antaq o gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Uirá Oliveira. Representando o Governo Federal, participaram da missão o diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (DNHI/SNPTA), Dino Antunes, o secretário executivo da Indústria na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado do Ceará, Joaquim Rolim e o subsecretário para o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (Leplac), Capitão de Mar e Guerra Rodrigo Carvalho.
Fonte: Antaq