O número de doadores de órgãos aumentou em mais de 10% este ano, em São Paulo, na comparação com o ano passado.
Segundo dados da Central de Transplantes, da Secretaria de Saúde do estado, apresentados nesta sexta-feira (1), do início de janeiro até o dia 30 de agosto, foram quase 700 doadores, contra 631, em 2022.
O motivo, segundo a pasta, é atribuído à constante campanha de incentivo às doações, impulsionada por casos de grande repercussão na mídia, como o do apresentador Fausto Silva. Ele estava internado desde o início de agosto, com quadro de insuficiência cardíaca, e recebeu um coração novo no último domingo, dia 27.
Na semana passada, entre 20 e 26 de agosto, houve 28 novos doadores de coração, um aumento de quase 90% em relação aos 15 doadores registrados na mesma semana de 2022. O número de transplantes de coração também aumentou. No primeiro semestre deste ano, a quantidade de procedimentos foi superior à dos cinco anos anteriores.
E não é apenas o transplante de coração que cresceu. Somando os transplantes de fígado, pâncreas, pulmão, rins e córneas, foram realizados 5.077 procedimentos no estado de São Paulo no primeiro semestre de 2023, um aumento de 10,5% em relação ao ano passado.
A doação de órgãos deve ser feita com a concordância de cada pessoa, e quem quiser ser doador não precisa mais incluir a informação nos documentos de RG ou CNH – basta comunicar a família sobre esse desejo. No caso dos falecidos, a autorização para doação deve ser dada por familiares com até o 2º grau de parentesco.
A conscientização das pessoas também cresceu no último ano, pois as recusas de autorização da doação por parte das famílias caíram de 41% para 38%. A Central de Transplantes paulista orienta que as famílias conversem sobre o desejo de ser ou não doador de órgãos, pois isso facilita a tomada de decisão.
Lembrando que a doação entre vivos, como acontece em transplantes de rim, por exemplo, só é possível se o doador não estiver com problemas de saúde.
Fonte: Rádio Nacional