No mundo dinâmico do comércio, a logística, o comércio eletrônico e os mercados estão convergindo para criar um cenário transformador. A interação entre esses três pilares está remodelando a forma como as empresas operam, os consumidores compram e os produtos chegam aos seus destinos.
A logística se tornou ainda mais aliada do comércio, principalmente após a pandemia. Foi o momento em que os operadores precisam parar e refletir sobre as novas relações e necessidades dos consumidores. A demanda aumentou e, com ela, a necessidade de repensar toda operação, reduzindo tempos de entrega, riscos e aumentando a necessidade de controle e previsibilidade, de ponta a ponta.
Os e-commerces aumentaram suas demandas de forma nunca vista antes, sendo retroalimentados por um mundo cem por cento conectado e pelo redesenho das preferências dos consumidores: a relação do mercado com as marcas mudou, os desejos mudaram, as necessidades se tornaram outras e, com isso, novas relações de consumo pautaram a logística.
Em relação aos marketplaces, estes se tornaram centros movimentados onde compradores e vendedores convergem, transcendendo as fronteiras geográficas. Várias marcas, “tudo em um só lugar” – o lema tech, personificado em um nicho de consumo, completamente ligado à experiência do consumidor e ofertas de encher os olhos. Isso porque ainda nem falamos de frete grátis (algo que também pede um conteúdo dedicado). Verdadeiros mercados para prospecção de leads, sendo a maioria pronta para a compra.
A verdade é que o encontro entre a logística e o e-commerce abriu novas possibilidades. Opções de entrega rápidas, confiáveis e econômicas são essenciais para atender às demandas cada vez maiores dos compradores on-line (atenção, fretes!). Ao alavancar as tecnologias de logística, as plataformas de e-commerce oferecem atendimento de pedidos contínuo, garantindo entregas rápidas e aumentando a satisfação do cliente. Por outro lado, os provedores de logística estão adaptando suas operações para atender especificamente às necessidades desse tipo de comércio, fornecendo soluções sob medida para separação de pedidos, embalagem e logística reversa.
Falando em práticas ecológicas, gostaria de abrir uma parte especial neste texto para lembrá-los que as operações logísticas têm um impacto ambiental significativo, o que não é segredo para ninguém, e que já passaram da hora de serem mitigadas. Como fazer isso? Aqui está: otimização das rotas de transporte para reduzir o consumo de combustível e as emissões e fontes de energia mais sustentáveis.
Além disso, boas práticas de governança são vitais para que as empresas de logística operem com responsabilidade. Isso envolve o estabelecimento de programas de conformidade para assegurar a adesão às leis, regulamentos e padrões de ética. E essa governança não para por aí, já que ela também engloba padrões anticorrupção, estratégias para reduzir riscos e criação de uma cultura específica e voltada a isso dentro das empresas. E isso é responsabilidade de todos: estimular mudanças sustentáveis, não só em relação às relações logística e e-commerces, mas em toda rede de operação.
Ao final, todo esse resultado pode ser medido e apresentado no formato de relatórios (de novo, a importância dos dados vindo à tona), para que sejam apresentados e medidos por meio de indicadores. A relação dos consumidores mudou não apenas em relação ao comércio, mas também em como eles enxergam o enlace de marcas com questões ambientais e sociais, e isso inclui as escolhas logísticas de transporte e entrega. É mais do que retorno ambiental: é posicionamento de mercado e marca: branding.
Por Antonio Wrobleski*