A preocupação com a sustentabilidade tem sido um tema com cada vez mais importância nas cozinhas domésticas e, também, de renomados chefs profissionais. Para estimular que o ato de cozinhar seja consciente em todo o mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2016, o Dia da Gastronomia Sustentável, comemorado em 18 de junho para fortalecer a gastronomia como uma expressão cultural relacionada às diversidades mundiais.
Mas, afinal, como definir gastronomia sustentável? “É a gastronomia conectada à economia, ao meio ambiente e à sociedade para promover o desenvolvimento agrícola, alimentação segura, nutrição, produção sustentável e conservação da biodiversidade”, define a nutricionista Adriana Zanardo, nutricionista e consultora nutricional.
Há várias atitudes que podemos tomar para levar a sustentabilidade para dentro de casa. Mas, certamente, uma das mais eficientes é dar preferência a produtos orgânicos. “É uma escolha correta para estimular a sustentabilidade. A produção de alimentos orgânicos envolve o respeito ao ciclo natural do alimento conforme safra, bioma e a isenção de adubos químicos, como metais pesados, fertilizantes sintéticos e pesticidas”, explica Adriana.
Nos produtos orgânicos, sejam in natura, como frutas, legumes, ovos e laticínios, ou minimamente processados, como farinhas, grãos e até biscoitos prontos para o consumo, não são utilizadas sementes transgênicas (geneticamente modificadas). “A agricultura orgânica também favorece o desenvolvimento de pequenos produtores locais, minimiza o contato de pessoas com agrotóxicos e outros produtos químicos, protege o meio ambiente desse tipo de contaminação, conserva os solos e lençóis freáticos e valoriza a biodiversidade”, pontua a consultora.
E como saber se é orgânico mesmo?
No Brasil, para que um alimento seja considerado orgânico, é necessário que esteja cadastrado conforme condições determinadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e outros órgãos. E o país leva realmente a sério essa questão. A produção orgânica no Brasil é definida pela Lei nº 10.831, de dezembro de 2003, e regulamentada pelo Decreto nº 6.323, de dezembro de 2007.
Esse conjunto de regulamentações determina que o processo de produção engloba o uso responsável do solo, da água e dos outros recursos naturais; adoção de medidas de proteção contra contaminação por unidades vizinhas; e respeito às relações sociais e culturais, não prejudicando os ecossistemas locais. Ou seja: orgânicos fazem bem à saúde, ao meio ambiente e ao desenvolvimento das comunidades que os produzem.
Investir em orgânicos traz bons frutos. De acordo com a nutricionista Adriana Zanardo, os alimentos orgânicos podem ter valor nutricional mais elevado, com maiores quantidades de fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes e ingredientes anti-inflamatórios, como compostos bioativos (betacaroteno, resveratrol, quercetina etc.).
“Além dos nutrientes citados acima estarem diretamente relacionados com prevenção e tratamento de doenças, a menor exposição a pesticidas, antibióticos e hormônios colabora para a redução dos riscos de toxicidade para a saúde humana, alterações metabólicas e endócrinas que, mesmo sutis, podem contribuir para o desenvolvimento de obesidade e distúrbios como diabetes e doenças cardiovasculares”, explica a consultora da Jasmine.
Veja abaixo mais dicas para tornar a gastronomia da sua casa mais sustentável e experimente uma receita exclusiva de Mingau de Quinoa com Frutas com ingredientes orgânicos:
1. Reduzir o desperdício e aproveitar integralmente os alimentos: de acordo com a ONG Banco de Alimentos, só no ano de 2019, 7 milhões de toneladas em alimentos foram desperdiçados no Brasil. Sabendo disso, quando for às compras, faça uma lista de tudo o que precisa, evitando levar alimentos perecíveis que acabarão estragando na geladeira. Além disso, lembre-se de que folhas e talos podem ser usados em refogados, farofas, recheios etc. Os legumes, por exemplo, podem ser consumidos com casca, pois não há risco de maior contaminantes nas mesmas, como ocorre nos alimentos convencionais; fazer uso dos alimentos em sua integralidade, aproveitando as sobras é um ato que auxilia tanto na redução do lixo orgânico (colaborando para preservação do meio ambiente), como também ajuda a levar benefícios nutricionais e sociais a quem precisa, melhorando indicadores de saúde e inclusão social.
2. Valorizar a economia regional: ao visitar novos lugares, experimente alimentos locais para valorizar e apoiar a cultura e a economia da região. Da mesma forma, procure consumir preparações com alimentos nativos da região em que você vive. Em muitos locais, pode-se comprar frutas e legumes orgânicos que estão em plena safra, por exemplo, atitude sustentável que faz toda a diferença.
3. Priorizar embalagens recicláveis: uma boa forma de ajudar a reduzir o lixo do planeta é dar preferência a marcas que utilizem embalagens que sejam recicláveis e tenham solução de logística reversa, como é o caso da Jasmine, que possui o selo eureciclo. Este selo atesta que há compensação ambiental de resíduos por meio da emissão dos Certificados de Reciclagem das Embalagens, mostrando a responsabilidade social e ambiental da marca;
4. Reduzir o consumo de alimentos de origem animal: em um dia com alimentação sem carne é possível diminuir em 11kg a emissão de gás carbônico na atmosfera e economizar 60 litros de água doce dos reservatórios. Que tal começar aderindo à campanha mundial da segunda-feira sem carne? Esta é uma forma de experimentar a prática da gastronomia sem carne e descobrir novos sabores, texturas, aromas e combinações ao substituir a proteína animal pela vegetal pelo menos uma vez por semana.
Mingau de Quinoa com frutas
Ingredientes:
2 xícaras (chá) de Quinoa Real em Grãos Orgânica Jasmine
500ml de leite de aveia/coco/amêndoas
200ml de água fervida
1/2 xícara de Calda de Agave Orgânica Jasmine
1 xícara de morango picado
1 potinho de iogurte natural
1 banana em rodelas
Modo de Preparo:
- Cozinhe a quinoa na água, depois adicione o leite vegetal, a calda de agave e mexa até que esteja tenra.
- Junte o morango picado, o iogurte e misture. Finalize com a banana em rodelas.
- Pode ser consumido quente em dias frios. Para consumir gelado, espere esfriar e leve à geladeira por alguns minutos. Depois é só adicionar o iogurte e o morango.