Aliando tecnologia e cultura por meio das artes visuais, o Instituto Evereste inaugurou na última sexta-feira, 26, a exposição “Todas as Cores” do artista parintinense Rubens Belém em sua sede, na Av. Visconde de Porto Alegre, bairro Praça 14 de Janeiro, zona centro-sul de Manaus. Com um acervo de 20 obras produzidas em acrílico sobre telas através da técnica de pintura espatulada, marca registrada de Belém, os quadros retratam aspectos da fauna e flora amazônica e cenas da vida ribeirinha, em especial, os povos indígenas.
Comemorando 7 anos de existência na capital amazonense em Maio, o Instituto Evereste dá exemplo ao ser uma organização de direito privado que busca valorizar o artista local. “Muitas vezes o homem amazônico, o produtor de cultura, não têm espaço para demonstrar aquilo que ele é capaz. Um espaço para apresentar à sociedade aquilo que é cultura. Então, o Evereste percebeu essa lacuna e resolvemos abrir a nossa casa e ganhar esse presente”, disse André Fabiano Pereira, presidente do Instituto Evereste.
Para o artista, que já possui mais de 30 anos de trabalho dedicados à arte, iniciativas nesse sentido também contribuem para que mais nomes venham ser reconhecidos na região. “A gente precisa divulgar o artista plástico e quando ele não encontra esse incentivo, ele acaba desmotivado. O Everest está inovando, abrindo as portas do seu ambiente para a divulgação do artista local. Eu costumo dizer que o artista precisa vender. Sim. É importante. Mas o incentivo à valorização é muito mais importante, porque quando o artista encontra isso, ele cria mais ânimos para produzir com qualidade. Então, eu tenho muito a agradecer ao Evereste por essa iniciativa. É muito louvável e estou muito feliz com isso”, afirmou.
A apresentadora de televisão Norma Araújo também esteve presente e destaca que a exposição é uma ótima oportunidade para aproximar quem muitas vezes não teve o contato com a arte.
“Quem dera que todo mundo tivesse essa sensibilidade, que as empresas, os institutos abrissem as portas os artistas locais. Porque nós temos expoentes aqui, temos pessoas que têm trabalhos maravilhosos como esse do Rubens Belém. Então, é uma coisa que humaniza, traz o povo pra perto da instituição, da empresa. Faz as pessoas se conhecerem. Eu acho vital, importante e fundamental. A Amazônia é o lugar que vai salvar o planeta. Não tenho dúvida disso. Ela precisa ser valorizada em todas as esferas”, relatou.
O evento de inauguração contou com a presença de colaboradores do instituto, convidados e representantes de órgãos públicos. A exposição segue aberta para visitação gratuita até o dia 2 de Junho. Para mais informações, basta acessar às redes sociais @rubnsbelem e @institutoevereste.
Texto: Luiz Henrique Almeida