A primeira edição do Web Summit no Rio de Janeiro foi marcada com números bastante expressivos. Conforme divulgado pela organização, o evento reuniu mais de 21 mil pessoas e 974 startups, em sua maioria, com soluções de softwares, fintechs e educação. Foi uma jornada de 400 palestras realizadas nos quatro dias intensos do maior evento de tecnologia e inovação do mundo.
Apesar da Inteligência Artificial ser o tema central, foi muito abordada com foco no momento presente, principalmente em relação à segurança das informações, mas sem muita ênfase do que podemos esperar para o futuro.
Na programação, alguns dos destaques foram as falas de nomes incríveis como Oya Care, Neil Patel e Gail Haimman que trouxeram assuntos interessantes que deveriam ser melhor aprofundados. Como tiveram suas apresentações limitadas a apenas de 20 minutos, precisaram abreviá-las através de tópicos, deixando apenas insights para quem assistiu e queria entender um pouco mais sobre os assuntos abordados por essas e outras pessoas geniais que passaram por lá.
Mesmo sem assistir às palestras, os visitantes não ficaram sem ter o que fazer. Eles puderam circular pelos 2 pavilhões do evento e conferir o encontro de startups, os estandes dos patrocinadores e ações de ativações de várias marcas participando de um verdadeiro show de empreendedorismo, de debates e masterclasses, sempre voltadas para tecnologia e inovação.
Um dos espaços que chamou minha atenção foi o do SENAC RJ que marcou presença com um grandioso estande com agenda de convidados, palestras, masterclasses e várias oportunidades de inclusão na área de tecnologia. O espaço estava sempre movimentado e com temas interessantes sobre educação, além de proporcionar muitas oportunidades para conexões.
Apesar do evento ter acontecido no Riocentro, que pareceu ter espaço suficiente para atender tamanho público, teve muitas falhas com relação à organização. Logo na abertura do evento, no palco principal, uma sequência de falhas no áudio, deixou o público irritado, soltando algumas vaias à produção. Nem mesmo o apresentador Luciano Huck aguentou e chegou a verbalizar a sua insatisfação com a mesma. Sem contar as incansáveis filas, seja para acessar as palestras, pegar alguma comida ou um táxi por aplicativo na hora de ir embora, levando mais de duas horas de espera.
Apesar dos transtornos básicos, e confesso que lamentáveis já que estamos falando do maior evento de tecnologia, ainda assim, o Web Summit não apagou seu tamanho e o que representou para o Brasil. Ele foi uma oportunidade incrível para centenas de brasileiros que estavam com suas startups geniais à procura de um investidor. Sem dúvida, é um evento que vale a pena e que já ganhou força para sua próxima edição em 2024.
O Web Summit Rio deixou a sensação de ser tudo breve, com assuntos importantes debatidos superficialmente, e uma mensagem: seja criativo, autêntico e use os recursos valiosos da IA para crescer, mas sem esquecer jamais que por trás de toda inovação e tecnologia, existem pessoas.
Michelle Castro é Economista por formação, manager e apaixonada pelo mundo das executivas e tudo que envolve a moda, viagens e inovação. Para dar dicas, trocar ideias, viajar, descobrir, conversar com público ela cruiu o Mundo Executiva onde fala não apenas sobre aparência, mas também sobre ideias que envolvem o trabalho, gestão e crescimento profissional e como um todo.