O Ibama negou, na noite deste sábado (29/4), que a Justiça do Amazonas tenha determinado a devolução da capivara Filó ao ribeirinho Agenor Tupinambá.
A história de Agenor e Filomena – a capivara – ganhou repercussão nacional, quando o jovem começou a postar o seu cotidiano, convivendo com os animais da floresta nos arredores da sua casa.
Após denúncias e uma multa de mais de R$ 17 mil reais e a ordem de apreensão de Filomena. O jovem entregou a capivara para o IBAMA, mas para isso foi em um hidroavião, devido as condições para chegar ao local que o mesmo vive, isolado, na região rural do município de Autazes.
Segundo em suas redes, havia um combinado em ambas as partes, com a promessa de Agenor poder visitar a sua amiga na sede do IBAMA, o mesmo se direcionou para lá na tarde deste sábado, porém foi barrado.
Após muito choro e tentativa de vê-la, o ribeirinho acabou passando mal e teve que ser atendido pela ambulância do Samu em frente a sede do IBAMA,localizada no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus.
A equipe de advogados da deputada estadual, Joana Darc (União Brasil) entrou em ação e conseguiu na justiça que os membros da Comissão de Defesa dos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) adentrassem ao local.
O local de “acolhimento” da instituição foi apresentado sem a menor condições para o trato animal e denunciado em uma live feita pela a deputada, que mostrou as péssimas condições para abrigar animais apreendidos pelo órgão.
“É aqui que ela fica, nessa cela. Agora me digam se é melhor que o habitat dela. Me digam se isso é melhor do que onde ela estava? Por isso que eles não deixaram a gente vir na gaiola. Tudo sujo”, criticou a parlamentar.
Em alguns momentos ela informa que as jaulas não tem limpeza e que falta alimento para outros animais no local.
O que mais assusta é quanto as condições do local, com uma estrutura precária que o qual o Ibama retirou do habitat natural a capivara Filó para este:
Após o superintendente do IBAMA, Joel Araújo ter pronunciado em rede nacional que não foram até o local para fazer a autuação, em reportagem ao Domingo Espetacular, dá para se entender as condições que o órgão está.
“Não houve a vistoria in loco, devido uma série de dificuldades que nós tivemos para chegar ao local, mas todas as infrações imputadas foram geradas a partir das postagens nas páginas das redes sociais do acusado”, disse o superintendente.
O ribeirinho Agenor Tupinambá mora no interior do município de Autazes, em um flutuante e convive harmoniosamente com animais silvestres, como é comum de quem mora nos rios amazônicos. O que mais intriga neste caso é que desde o primeiro momento, o IBAMA se quer foi ao local para ter noção de como se vive, aplicou as multas, mandou retirar a capivara do habitat natural dela, por desconhecer e colocou-a em uma jaula, sem higienização e cuidados conforme apresentada nas redes sociais.
Esperamos que a justiça brasileira devolva a capivara Filó para o lugar do qual ela nunca deveria ter saído – do município de Autazes, no Amazonas. E que sejam reparados os danos psicológicos ocasionados neste garoto, sonhador e estudante de Agronomia.