Iniciou o processo de revitalização do espaço onde está instalada a obra “Cidade de Santa Anita”, no segundo andar da Galeria do Largo, no Centro. A exposição permanente apresenta a cidade imaginária em miniatura criada pelo jornalista, escritor, poeta e advogado amazonense, Mário Ypiranga Monteiro, em homenagem à sua esposa, Ana dos Anjos.
A iniciativa tem como objetivo modernizar aspectos técnicos do espaço, como a iluminação, paredes e ventilação. Além disso, também criará uma nova identidade ao ambiente, bem como promoverá ações de restauro da obra.
O secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, destaca que a manifestação artística da maquete criada por Mário Ypiranga, que também era historiador, tem 17 anos de montagem na Galeria do Largo e é um dos pilares para a preservação do patrimônio artístico no Amazonas.
“Essa obra foi adquirida pelo Governo do Amazonas em 2006. Cuidar dela nos tempos de hoje é reviver a memória artística de Mário Ypiranga, que fez uma bela homenagem à sua esposa por meio desta maquete. Isso é essencial para a preservação da cultura do nosso estado!”, afirma Apolo.
De acordo com o diretor da Galeria do Largo, Cristóvão Coutinho, a revitalização do espaço e da cidade miniatura tem previsão de duração de quatro meses, e coloca em prática um trabalho da secretaria de resgate da obra do artista.
“Esse trabalho revitaliza a proposta do escritor e aproxima o público amazonense dessa cidade imaginária que foi materializada nesta obra”, afirma Coutinho.
Cidade em miniatura
Santa Anita é uma cidade em miniatura monumental, composta por 14 módulos, e conta com mais de 3 mil “habitantes”. Com características próprias, a maquete traz uma representação de diversas pessoas em atividades rotineiras, como no transporte urbano, por exemplo.
Além disso, as áreas da cidade fictícia são bem definidas, com semáforos nas ruas, praças, pontes, calçadas e calçadões, além de um túnel próprio. A maquete também representa as quatro estações e é visivelmente dividida em setores organizacionais de uma sociedade.
A obra também pode ser considerada uma alegoria ao amor que o poeta sentia por sua esposa, Ana dos Anjos Monteiro, a qual exercia grande influência em suas criações artísticas e que é a “Anita” que dá nome à cidade miniatura.